One Laptop per Child

10:55

Acabo de entrar no site da OLPC para entender o seu projecto. Como vem especificado na sua frase/slogan, a OLPC “It's an education project, not a laptop project.” (Nicholas Negroponte).

Como organização sem fins lucrativos a OLPC tem por missão facultar às crianças dos países em vias de desenvolvimento uma nova forma de aprender, permitindo-lhes, através de um computador cujo custo é de 100 dólares, o XO, o acesso ao mundo e a ferramentas para o explorar:

"OLPC is a non-profit organization providing a means to an end—an end that sees children in even the most remote regions of the globe being given the opportunity to tap into their own potential, to be exposed to a whole world of ideas, and to contribute to a more productive and saner world community."

Como conceito é bem-vindo. Todos os projectos que visam trazer as regiões mais remotas do globo para o seu centro parecem-me apreciáveis. Não obstante, convém sublinhar e repensar a frase que acompanha a exposição dos argumentos a favor do projecto:

“experience strongly suggests that an incremental increase of “more of the same”—building schools, hiring teachers, buying books and equipment—is a laudable but insufficient response to the problem of bringing true learning possibilities to the vast numbers of children in the developing world.”

Convém não relegar para o plano do supérfluo todas as necessidades que vêm designadas como "mais do mesmo": construção de escolas, contratação de professores, compra de livros e de equipamento.

You Might Also Like

2 comentários

  1. Olá, Patrícia.
    Acho que cada um de nós deve ser peça importante neste projeto.
    A inserção virtual e tecnológica, de um modo geral, é uma "abertura de portas" importante para o desenvolvimento das pessoas, acima de tudo as crianças, dos países em via de desenvolvimento.
    É precido quebrar de uma vez por todas as barreiras ao desenvolvimento geral dos seres humanos, independentemete de quaisquer crenças, raças, nacionalidades ou classes sócio-econômicas.
    Aqui no Brasil, em primeira instância, quem poderia participar com doações ou fornecimento de materiais de forma menos lucrativa não "entendeu" bem o projeto e tentou negociar com o Governo, computadores e notebooks a preços muito além dos possíveis a este projeto. A empresa Positivo, foi a primeira a tentar fechar o convênio, que foi desfeito pelo Governo por inadequação de preços.
    Vamos torcer para que aquela ou outra empresa se digne a fornecer os equipamentos a preços possíveis para aquisição por parte do Governo e que sejam distribuídos à escolas e novos aprendizes de forma geral.
    Torço pelo sucesso do programa e me disponho, aqui no Brail a partipipar como instrutor NÃO REMUNERADO neste projeto ao qual chamo de "SOCIALISMO DO CONHECIMENTO"
    Mas já sei que só pelo nome, já tem muitas pessoas sendo contra. O egoísmo é um dos sentidos que foram inseridos no ser humano, mas não como instinto, portanto perfeitamente possível de ser corrigido.
    Que DEUS AJUDE-nos a ajudar.
    Cesar Porto

    ResponderEliminar
  2. Olá César!
    Obrigada pelo comentário e pela informação acerca da tentativa de implementação do projecto no Brasil. De facto, também a mim me causa muito incómodo o aproveitamento político ou económico de projectos como este. Há também o reverso da medalha, no entanto, que é a máquina ideológica que pode trazer consigo um projecto de pretensa ajuda humanitária. Mas não me parece ser este o caso.
    Muito sucesso, quer para este projecto em particular, quer para o "socialismo do conhecimento".
    Abraço!

    ResponderEliminar

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.