Cultura

Erin McKean: dos dicionários

10:08



Nesta apresentação de quase uma hora, Erin McKean, numa linguagem simples, divertida, acessível e despretensiosa, discorre sobre as dez coisas que todos deveriam saber sobre os dicionários, entre outras coisas curiosas sobre lexicografia e os lexicógrafos. McKean consegue aqui tratar alguns dos problemas teóricos e práticos da lexicografia actual de forma interessante e cómica.

América latina

Abacateiro: nome de editora cooperativa

21:51

Abacateiro é o nome da mais recente editora discográfica brasileira. Trazida à luz pelo "cantautor" brasileiro Pierre Aderne, a Abacateiro "surgiu de uma ideia de uma editora cooperativa, em que todos os núcleos que fazem parte da produção, desde a pré-produção até à finalização do álbum, fossem sócios do todo" (http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/78dced8ef2e8a3671b7988.html).
A Abacateiro tem como principal missão divulgar a nova música popular brasileira. Ela conta já com três álbuns de originais: "Alto Mar", de Pierre Aderne, o álbum homónimo dos Doces Cariocas e "Astrolábio", de Alexia Bomtempo.

"A idéia era de plantar um Abacateiro que pudesse ter debaixo da sua generosa sombra, essa moçada que ja ta fazendo música boa por ai, cada um em seu canto ,o conceito, o desafio era fazer a roda girar sem ga$olina, sem capital inicial, um selo que não tivesse dono, que não existisse no papel. A partir dai escalamos o time que precisava: capista, fotógrafo, assessor de imprensa, advogado, divulgador, engenheiro de som, fábrica de disco ( que também é parceira) etc .
A idéia era que todo mundo pudesse trabalhar na plantação e dividir os frutos, essa turma toda recebe royalties da mesma forma que Artistas e músicos ( que até então recebiam apenas cachê pra gravar ).
A maior preocupação era que essa estrutura não gerasse afazeres burocráticos pra ninguém, que a gente pudesse continuar tendo liberdade pra fazer música e jogar bola.

A primeira idéia era de gravar ao vivo,mixar, fabricar e distribuir entre uma semana e 10 dias, assumir um pouco os erros do ao vivo e levar o disco pronto pra loja mais parecido com o show, com menos plástica no nariz ( auto-tuners,pro-tools etc), pra essa ala surgiu o nome de Abacateiro Cru.
A segunda idéia era a de aproveitar belos discos que estão de bobeira por ai sem distribuição,discos que foram gravados no quartinho, em produções indies, que a gente pudesse utilizar a estrutura do Abacateiro pra ajudar a amplificar, esses saem com o selo Abacateiro Música .
O Domênico logo pensou num disco
do Alvinho Lancelotti, na sequencia veio o Marcelo Saboya pra cuidar de toda a parte da gravação ao vivo e mixagem, que curtiu a idéia e reabriu uma das salas do estúdio do seu pai Ed Lincoln ( fechada desde os anos 70 ) na lapa pra ele mixar os discos.
Resolvemos então gravar ao vivo o disco do Alvinho ( Mar Aberto) e licenciar meu disco " Alto Mar" ( que tinha acabado de lançar no Japão) pra começar a brincadeira."

Pierre Aderne in http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendID=322506030

Direitos

"I am my language". Sendo assim, o que está em vias de extinção?

11:36

“Who am I? This is a question that others ask,but has no answer.I am my language,I am an ode, two odes, ten.This is my language.I am my language.I am words’ writ:Be! Be my body!And I become an embodiment of their timbre,I am what I have spoken to the words:Be the place where my body joins theeternity of the desert.Be, so that I may become my words”.

(Mahmoud Darwich (Palestinian poet) (2003), “A Rhyme for the Odes,” 91, Unfortunately, ItWas Paradise, 91, Regents of the University of California, visto em The Unesco Courier, 2008, number 1, page 7, http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001583/158378E.pdf, consultado a 01/08/200)



Segundo o editorial da revista The Unesco Courier de Abril de 2008, assinado por Jasmina Sopova, cerca de 7000 línguas faladas no mundo estão em vias de desaparecer.

"The effects of the death of languages are serious for several reasons. First of all, it is possible that if we all ended up speaking the same language, our brains would lose some of their natural capacity for linguistic inventiveness. We would never be able to plumb the origins of human language or resolve the mystery of “the first language”. As each language dies, a chapter of human history closes." (Ranka Bjeljac-Babic "6,000 languages: an embattled heritage"(2000). The Unesco Courier, Abril 2000, p. 18, http://unesdoc.unesco.org/images/0011/001194/119473e.pdf#page=17, consultado a 01/08/2008.)

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