Da anarquia

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"Entendo que no mundo há uma possibilidade de todos os homens viverem à farta sem que se torne condição inevitável o açambarcamento de bens por uns e a condenação à penúria doutros. É também para mim uma norma que ninguém deve responder pelo que tem na consciência e que a opinião de cada um é sagrada. Este princípio leva-me à tolerância, como o outro, a uma teoria de igualização social. Se isto é anarquia, ponha lá V. Ex.ª que sou o primeiro anarquista do mundo, em abstracto, não mais, porque, infelizmente, careço dos mais rudimentares meios de acção."

Aquilino RIBEIRO (1985). "Domingo de Lázaro", Estrada de Santiago. Lisboa: Bertrand. Pp. 59-60

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