Integrar o galego na lusofonia

15:03

«A Associação Galega da Língua (AGAL) promove domingo uma manifestação em Santiago de Compostela para defender o reconhecimento do galego como parte integrante da lusofonia e denunciar as políticas de normalização linguística desenvolvidas pelo Estado espanhol.

"Não temos nenhum problema que a língua galega se chame português", assegurou Alexandre Banhos Campo, da AGAL, em declarações à Lusa, alertando que "o português da Galiza está numa situação muito difícil".

"O mundo tradicional que funcionava na língua galega está em quebra", lamentou.

Os dados estatísticos que referiu indicam que "90 por cento dos galegos, com mais de 65 anos, falam português da Galiza, mas essa percentagem é muito reduzida entre os que têm menos de 20 anos".

"O processo de reconhecimento autonómico e político levou a uma espécie de oficialização da língua galega, mas o modelo que nos é imposto nas escolas e na comunicação social é baseado no padrão castelhano", afirmou Alexandre Banhos Campo.

Nesse sentido, "como o português é uma língua estrangeira para os espanhóis, a aproximação do galego à lusofonia é entendida como um delito".

"Não queremos que o galego seja uma língua estrangeira para o português", afirmou.

Alexandre Banhos Campo recordou que o Norte de Portugal e a Galiza foram "o berço da lusofonia", frisando que "o português original era a língua que se falava no século IX entre as cidades do Porto e Santiago de Compostela".

Por isso, defendeu que "o galego se confunda com o português", mantendo, no entanto, as suas especificidades próprias.

"No Rio de Janeiro fala-se de uma forma diferente da que se fala em Lisboa, mas ninguém duvida que são as duas português", frisou.

Alexandre Banhos Campo frisou que se vive na Galiza "um processo de substituição linguística que não se pode chamar de normalização".

Nesse contexto, revelou que "a Galiza está cheia de pessoas que perderam os seus postos de trabalho por dizerem que a sua língua é o português".

"Na Galiza é proibido receber as televisões portuguesas, o que, além de dever preocupar as autoridades portugueses, vai contra o que aprovou por unanimidade o parlamento galego", afirmou.»

Fonte: clix.expresso.pt

Proibição de receber televisões portuguesas?!... Pessoas que perderam os seus postos de trabalho?! Chegamos mesmo a isto?


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4 comentários

  1. Nada ni nadie va a estar en contra de esa manifestación en Santiago el próximo domingo. Como admirador de Portugal y su lengua, yo mismo asistiría si pudiera. No puedo pero me adhiero a ella, porque me parece bien que las relaciones entre el gallego y el portugués se fortalezcan y contribuyan al desarrollo de la lusofonía, que enriquece la cultura y nos hace ser más sensibles hacia una lengua importante en la historia y en nuestro tiempo. Creo, sin embargo, que en el comunicado sedicen algunas cosas que convendría matizar. No hay en España política de normalización lingüística entendida como algo contraio a las lenguas que enriquecen nuestra expresión en las Comunidades históricas. El gallego es cooficial, al mismo nivel que el castellano. No corre ningún riesgo. Las enseñanzas se imparten mayoritariamente en gallego, hay mucha edición en esa lengua, en el Parlamento se habla también en gallego y la televisión lo difunde a través de varias cadenas específicas, tanto en el conjunto de Galicia como en las provincias. Y, desde luego, Patricia, es absolutamente falso que esté probibido recibir televisiones portuguesas. Qué disparate. La televisión portuguesa se ve en Galicia con bastante frecuencia, como yo mismo he podido comprobar en varias ocasiones. También se ve en la parte occidental de Castilla y León, donde, por cierto, hay enseñanzas del gallego en León y Zamora. Asi, pues, apoyemos la lusofonía y la integración en ella de la lengua gallega. Pero, por favor, que nadie piense que el gallego está reprimido cuando goza de excelente salud. Te dedicaré mi entrada de hoy. Un abrazo

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  2. Obrigada, Fernando, pelos esclarecimentos e pela atenção que os meus posts te merecem.
    Grande abraço!

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  3. Patrícia:
    A única possibilidade de ouvir rádio ou ver televisão portuguesa na Galiza é viver nalgumas regiões fronteiriças ou recorrer ao uso de antenas parabólicas ou da TV por cabo.
    A recepção livre de televisão e rádio proveniente de um outro estado (como acontece, por ex., na Suiça ou na Bélgica) não é possível na Galiza.

    Sobre a “excelente saúde” do galego a que se faz referência no primeiro comentário, só dizer, que se isso for realmente assim, como explicar a clara perda de novos falantes? (vd., por exemplo os quadros em http://debuxos.blogspot.com/2008/04/os-galegos-e-o-acordo-ortogrfico.html)

    Abraço

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  4. Álvaro,
    A verdade é que também aqui em Portugal se deixou de poder ver a televisão espanhola, galega, sem ser por assinatura, ao contrário do que acontecia, por exemplo, há vinte anos atrás, quando se conseguia ver melhor os canais espanhóis do que os canais de Lisboa.
    Para mim o galego é português, não consigo entendê-lo de outra forma. Quando leio ou ouço galego lembro-me da minha avó paterna, que sempre viveu no Minho, e não consta que tenha algum dia viajado até Galiza.
    Mas é muito bizarro conceber uma Galiza espanhola onde se fala português. Ou será que me está a escapar alguma coisa?

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