Jobim, Vinicius e a Academia Brasileira de Letras
E eis que a páginas tantas deste livro, me deparo com este relato:
"A letra [da canção "Se todos fossem iguais a você"] também foi alvo dos puristas da língua portuguesa. O crítico José Fernandes identificou a mistura de tratamentos nos versos: “tua vida” (segunda pessoa) e “iguais a você” (terceira pessoa). Vinicius respondeu ao jornalista pegando pesado:
Ninguém, a não ser a múmia da Academia Brasileira de Letras, dirá à namorada: “Minha querida, Eu a amo. Você é a coisa mais linda do mundo.” O máximo que obterá da namorada será um comentário com as amigas: “Ele fala tão difícil...” O que se fala no Brasil é: “Minha querida, eu te amo. Você é a coisa mais linda do mundo." (W. Homem & L. Roberto Oliveira, 2012. Tom Jobim. São Paulo: LeYa, p. 45)
E, pelas piores razões possíveis, aquilo deixou-me a pensar para que serve uma academia de letras. :(
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