"Há, pois, do ponto de vista democrático, uma constatada carência na estrutura institucional da União Européia, que pode levar as suas emuladas decisões à perda de legitimidade em função de um novo elitismo político e do temor do cidadão europeu quanto à complexidade e o distanciamento popular do processo decisório deste poder supranacional. Neste caso, a participação mais efetiva do cidadão é praticamente anulada pela estrutura antidemocrática da União, destarte o órgão mais importante da mesma, o Conselho Europeu, ser composto por representantes indiretos e não diretamente eleitos, como democraticamente é de melhor alvitre." 

Augusto ZIMMERMANN (1999), "Federalismo na União Europeia". In Teoria Geral do Federalismo Democrático. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, pp. 233-234