"IN VARIETATE CONCORDIA" *

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A Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias, criada com o objectivo de preservar a herança cultural da Europa, foi adoptada a 25 de Junho de 1992 pelo Comité dos Ministros do Conselho da Europa. Ela ficou disponível para assinatura em Estrasburgo a 5 Novembro 1992 e entrou em vigor a 1 de Março de 1998. Até agora apenas ratificaram o documento 23 estados (Arménia, Áustria, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Hungria, Liechtenstein, Luxemburgo, Montenegro, Holanda, Noruega, Roménia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Ucrânia e Reino Unido).
Não é difícil encontrar alguém que diga, perante o problema do desaparecimento de diversas línguas, que é inevitável, natural e, muitas vezes, desejável. Para quê preservar uma língua que apenas é falada por um ínfimo conjunto de falantes?
Bem, o texto que a UNESCO disponibiliza no seu sítio parece-me esclarecedor para responder a isto. Exponho-o de seguida:
"A diversidade linguística é uma das principais garantias da diversidade cultural. Assim como o multilinguismo, contribui para o desenvolvimento sustentável, reforça o diálogo, a coesão social e a paz.
As línguas são um componente fundamental da cultura, são ferramentas e meio de comunicação. Mas são igualmente um factor essencial para estabelecer a identidade de indivíduos e de grupos. Com a língua os povos constroem, compreendem e expressam as suas emoções, intenções, valores, noções e práticas.
Como ferramentas ao serviço de um grande número de práticas sociais, as línguas constituem um domínio altamente interdisciplinar e uma condição necessária para o respeito pelos direitos humanos fundamentais."
(tradução e sublinhado meus)

* Mote proclamado oficialmente a 4 de Maio de 2000 no Parlamento Europeu.

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